Logo ali, à vista e ‘decorando’ a orla da capital sergipana.
Fiquei curiosa em saber o motivo de ter tantas tão perto uma
das outras e qual seria o tipo de extração que era feita ali. Nasceu então este
post que agora descrevo =D
Aracaju é a capital do menor estado brasileiro, Sergipe.
Possui 571.149 habitantes, segundo dados do IBGE de 2010 (não
achei fontes mais recentes), solos indiscriminados de mangue e ocorrência
minerais como: areia, argila, petróleo, sais de potássio, magnésio, salgema,
calcário e granito.
Saindo um pouco da 'direção da perfuração', mangue ou manguezal é um tipo de solo muito mole e rico em matéria orgânica em
decomposição. Como consequência, estes solos são pobres em oxigênio, que é
totalmente retirado por bactérias que o utilizam para decompor a matéria
orgânica.
Como o oxigênio está sempre em falta nos solos do mangue, as
bactérias se utilizam também do enxofre para processar a decomposição.
Todas estas características da geologia do solo sergipano
formam um cenário perfeito e fundamental para o início da cadeia de processos
que leva à formação do petróleo.
Vale lembrar também que o mangue é composto por plantas
lenhosas e o processo atuante sobre esta matéria orgânica vegetal poderá ter
como consequência a geração de hidrocarbonetos gasosos.
Mas vamos voltar às plataformas que neste post possui um °API maior =)
No total são 26 plataformas marítimas que operam com poços
produtores de petróleo e gás ou poços injetores, o que sustenta Sergipe na
posição do 4° maior estado produtor de Petróleo do Brasil.
Plataformas vistas da praia de Atalaia. A maior parte destas unidades são plataformas fixas, auto-eleváveis e submersíveis produzindo principalmente petróleo leve e gás natural. |
As plataformas estão a uma distância de aproximadamente 10 km da praia.
A
perfuração destes poços é feita tanto verticalmente quanto de forma direcional,
como na zona produtora de Carmópolis (um dos maiores campos produtores onshore da Petrobras), onde a estatal
executou poços direcionais para ir buscar petróleo a mais de 600 metros abaixo
de igrejas e cemitérios particulares.
Redonda como a Terra
Em 2007 entrou em operação no mar sergipano a primeira
plataforma redonda do mundo, a SSP-Piranema.
A SSP-Piranema foi construída em 2006 no estaleiro Yantai Raffles (China), sua estrutura de aço possui 27 metros de altura, 60 metros de diâmetro e pesa 7500 toneladas. Foi encomendada pela empresa norueguesa Sevan Marine e ficará alugada à Petrobras pelo prazo de 11 anos.
A plataforma foi instalada em lâmina d'água de 1,1 mil metros e tem capacidade para produzir 30 mil barris por dia de óleo e 3,6 milhões de metros cúbicos/dia de gás, segundo o gerente da Unidade da Petrobras Sergipe-Alagoas (UN-Seal), Eugênio Dezan.
O diferencial desta plataforma com seu casco cilíndrico e duplo é que ela possui maior estabilidade, podendo suportar condições adversas de mar. Ela está interligada a seis poços (três produtores e três injetores) e produz um óleo leve, considerado de excelente qualidade, com 43° API.
Etapas da construção e transporte da SSP-Piranema.
A Plataforma Piranema aumentou em 60% a capacidade de
produção de Sergipe e foram investidos quase US$ 1 bilhão da Petrobras na sua
construção.
Fonte: www.economia.terra.com.br, www.agencia.se.gov.br, www.aracaju.se.gov.br, www.ifs.edu.br, www.skyscrapercity.com.
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